A Amazônia pode estar no centro de uma revolução sustentável. Pesquisadores brasileiros estão trabalhando com uma espécie de bromélia nativa da Amazônia, o curauá, que tem o potencial de substituir o plástico derivado do petróleo. Este estudo, liderado pelo Centro de Bionegócios da Amazônia (CBA), em Manaus, já está em fase de implantação em parceria com agricultores familiares da região.
🌱 A fibra extraída do curauá é conhecida por sua alta resistência mecânica, sendo uma alternativa viável ao plástico, à fibra de vidro e até mesmo a outras fibras naturais, como a malva e a juta.
🪴O plantio da espécie pode ser integrado a sistemas agroflorestais, permitindo que agricultores continuem cultivando outros produtos, como açaí e macaxeira, enquanto aproveitam essa nova fonte de renda. Além disso, o manejo não exige derrubada ou uso de fogo, tornando-o ambientalmente responsável.
Pesquisadores do CBA estão capacitando produtores locais para o cultivo e beneficiamento da fibra, utilizando máquinas adaptadas que já estão disponíveis no mercado. O objetivo é criar uma cadeia produtiva sustentável e economicamente viável, proporcionando maior valor agregado aos agricultores e atendendo à crescente demanda da indústria por materiais ecológicos.
O curauá, semelhante a plantas que temos em casa, como bromélias decorativas e abacaxi, é fácil de cultivar e cresce em solos pobres. No entanto, além de embelezar, ele oferece uma solução sustentável com impacto significativo na indústria e no meio ambiente.
💡 Com interesse crescente de setores industriais, a fibra de curauá pode alcançar um preço competitivo, substituindo fibras importadas e contribuindo para a economia local.